julho 04, 2006

Ne me quite pas



Te odeio por sentir um dor tão forte com sua partida. Me odeio por ser tão primitiva.
Essa dor golpeia meu coração a cada madrugada, que percebo que não vou acordar e te encontrar.
Te odeio por cada lágrima que meu olho expulsa pela sua ausência .
Essa dor, minha, só minha. Que nunca será de ninguém, que nunca vai passar.
Nunca vou entender. Nunca quero entender. Não me interessa entender.
Seu sorriso que hoje só pode ser visto nos quadrados fixos, na minha mente quero apagar. Quero esquecer esses momentos. Quero esquecer todos os momentos.
Quero te esquecer. Me esquecer.
Você aparece e me faz doer, e sentir a vida na hora que o que eu mais quero é morrer. Morte minha, não mais a sua. A sua me faz mal. Sempre vai me fazer.
Vou cultivar essa dor, como uma semente, uma flor, uma árvore de amargura de não ter lhe dado adeus pela ultima vez.

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" Ne me quite pas" é uma canção de Jacques Brel.
E só é o título da minha postagem de hoje, porque foi ouvindo essa música que consegui expulsar isso de mim.