novembro 08, 2005

“CINEMA , ASPIRINAS E URUBUS “


Todos sabem que sou suspeita para falar de cinema nacional. Até meu primeiro intuito neste blog seria analisar um filme por semana. Mas falta tempo, falta dinheiro, faltam-me palavras e sobram desculpas esfarrapadas. Mas quando se trata de “Cinema, Aspirinas e Urubus”, eu não me perdoaria se deixasse passar em branco. Qualquer rótulo se ‘sensacional’, ‘imperdível’ , ‘essencial’ com o bonequinho pulando de tanto bater palmas, qualquer sugestão na Revista Times ,ou até mesmo qualquer sílaba que expresse emoção, ainda sim, seria pouco para falar deste filme.
Muito do que me arrisco a escrever aqui, já fora publicado em algum lugar. Ensaios sobre a belíssima fotografia, a atuação dos atores, a direção, a narrativa, a trama e tudo que já foi elogiado pelos grandes “entendedores” de cinema. Tanto que a cópia já foi premiada em Cannes, na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo , e ainda aguarda outras próximas. A questão é que, até agora senti falta de qualquer adjetivo que sobrepõe ao significado do filme. Antes e porém, de qualquer coisa, “Cinema , Aspirinas e Urubus” é um filme humano. Um filme de te arrepiar na poltrona, de te arrancar uma gargalhada alta, de te surpreender com uma lágrima guardada, de contorcer o que há de pulsante . Uma ficção , que por mera coincidência, te faz lembrar que suas semelhanças são reais.
Existem filmes que marcam nossas vidas por diferentes razões, e este, em especial, me marcou, porque antes de tudo, trouxe vida ao meu lado humano.
Há quem diga que cinema é a maior diversão.
Há quem diga que cinema é a maior inspiração.
Há quem diga que cinema é a melhor identificação.
Eu diria além de todas as hipóteses: “É um fim de todos os males” .



“Cinema, Aspirinas e Urubus” tem a direção de Marcelo Gomes e
estréia sexta-feira , 11 de novembro em todo o Brasil .