fevereiro 13, 2007

João Helio Fernandes





Hoje vou escrever sobre João Helio. O nome mais comentado das sangrentas páginas de Jornais. Nome próprio que atualmente significa Justiça, e representa uma comoção de Parlamentares de toda a sociedade brasileira, principalmente carioca. O Rio de Janeiro que continua lindo é a saída mais rápida para o inferno: uma criança de seis anos morta de maneira tenebrosa em troca de um carro. Não vale a pena perguntar aonde estão o valores. Essa pergunta está calada há muito tempo.
Os cinco indivíduos acusados estão suspensos, não ainda sob julgamento, mas de castigo não podendo voltar para o Playground , sabemos até quando: logo. Cinco animais que arrancaram a vida de uma criança que ainda nem sequer tinha planos futuros. Uma criança que não vai mais correr atrás de uma bola, fazer faculdade, ter sua primeira namorada, filhos. Uma criança que tinha uma mãe, um pai, uma irmã, que hoje sobrevivem de dor. A dor de um filho arrancado pelo acelerador, a dor que sentiu o filho durante quatro quarteirões, a dor de jogar fora o material escolar deste ano. E a pior dor: A dor da morte sem causa e efeito.
O Congresso Nacional se comoveu e hoje, alguns Parlamentares, que ainda não programaram respectivos carnavais discutem a mudança e revisão de leis, como por exemplo aumentar a maioridade penal de 18 para 16 anos. Menores infratores, como são chamados com eufemismo estes animais se obtiverem um bom comportamento na Instituiçao que for, saem dela cumprindo apenas 1/6 da pena. Redução legal para voltar `a atividade, já que antes o prazo era de 1/3 . Pois, 70% desses “ jovens infratores” voltam para a criminalidade. Esses “meninos” reclamam que a postura continua a mesma, pois são confinados numa espécie de prisão e não em uma Instituição de Reabilitação. Quer dizer, depois de matar, torturar e roubar eles querem ter aulas de dança e capoeira. Se o bom comportamento reduz a pena, aproveitemos para sempre mantê-los como detentos.
O Senado não passa de um bando de espectadores assistindo a banda passar. Não precisamos de mais leis, precisamos de uma mudança drástica na política de Segurança Nacional. Precisamos de Polícia, e não de bandido de uniforme. Precisamos que estes merdas tenham medo da repressão antes de cometer o crime. O Congresso está com medo de tomar decisões no calor da emoção. Esperemos que a emoção voe longe e que algo aconteça antes que o sangue parar de correr no coração de mais um João.
Enfim, foi só um desabafo. Sabemos que infelizmente, qualquer apelo é em vão. Afinal, João Helio já participou da novela das 8 e já ganhou nome de Praça.
Certamente, atitudes que resolvem bastante a dor de ser carioca.
Até o próximo João.

fevereiro 08, 2007

On the corner

Definitivamente, o amor não basta.

Há de se ter planos
Há de se ter entrega
Há de se ter paciência
Há de se ter compromisso
Há de se ter consideração
Há de se ter atitude
Há de se ter coragem
Há de se ter certeza
Há de se ter companheirismo
Há de se ter transparência
Há de se ter disponibilidade
Há de se ter concessões
Há de se ter segurança
Há de se ter lealdade
Há de se ter saudade
Há de se ter ciúme
Há de se ter admiração
Há de se ter intimidade
Há de se ter diálogo
Há de se ter respeito
Há de se ter afinidade
Há de se ter cumplicidade
Há de se ter escolha

Há de se ter qualquer coisa além de um simples “te amo”. Este, não basta.



Ame
Paulinho da Viola e Elton Medeiros

Ame
Seja como for
Sem medo de sofrer
Pintou desilusão
Não tenha medo não
O tempo poderá lhe dizer
Que tudo
Traz alguma dor
E o bem de revelar
Que tal felicidade
Sempre tão fugaz
A gente tem que conquistar

Por que se negar?
Com tanto querer?
Por que não se dar
Por quê?
Por que recusar
A luz em você
Deixar pra depois
Chorar... pra quê?

Obrigada a Marcinha pela letra da música.
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TEXTO DESENGAVETADO POR FLAVIA BOABAID