novembro 24, 2005

TEMER É CRESCER?



Noites de insônia. Não, criatividade não. Ansiedade. Infelizmente.
Medo de ir e não voltar.
Medo de voltar e encontrar tudo estranhamente diferente. Desfocado. Estourado. Desenquadrado. Uma sépia do que antes era tão coloridamente belo.
Medo de crescer.
Medo de esquecer e ser esquecida.
Medo de me iludir.
Medo de sentir demais.
Sofrer demais.
Demais a mais.
Mais...
Mais...
Mais...

Pra quê tantos pensamentos? Pra quê tanta dúvida? Dor? Noites em claro?
“É minha filha, isso se chama crescer. Crescer é uma eterna dor”, diria minha querida mãe.
Então se é pra crescer com dor, que seja da melhor forma: INTENSAMENTE. Pensando, encarando, morrendo e vivendo todos os dias. Todo santo dia. Todo dia santo. Santo dia todo. Santo todo dia.

E fica aqui uma dúvida, que cabe a todos se perguntarem: Temer é crescer? Até onde é covardia? Até onde é consciência? Até onde é apego?
Não vai de encontro ao tão célebre “Arriscar é viver”??? Quantas perguntas sem resposta... certeza de muitas noites de insônia por vir.

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Texto desengavetado por Bel Clark

novembro 20, 2005

Só saudade pela falta que você me faz


Não existe cura para a saudade

Sinto sua falta
Catando cada pedaço meu, te peço desculpas
Por sentir sua falta.

Não existe nada pior do que sobreviver sem você

Sinto muito sua falta
Dia, noite, tarde
Desse abraço
Beijo e novidade
Era tudo seu
E hoje, falta.

Não existe vida sem você

É vazio,
Frio, escuro

Falta sua. É o que sinto
Sinto muito.
Sinto falta minha com você.

novembro 08, 2005

“CINEMA , ASPIRINAS E URUBUS “


Todos sabem que sou suspeita para falar de cinema nacional. Até meu primeiro intuito neste blog seria analisar um filme por semana. Mas falta tempo, falta dinheiro, faltam-me palavras e sobram desculpas esfarrapadas. Mas quando se trata de “Cinema, Aspirinas e Urubus”, eu não me perdoaria se deixasse passar em branco. Qualquer rótulo se ‘sensacional’, ‘imperdível’ , ‘essencial’ com o bonequinho pulando de tanto bater palmas, qualquer sugestão na Revista Times ,ou até mesmo qualquer sílaba que expresse emoção, ainda sim, seria pouco para falar deste filme.
Muito do que me arrisco a escrever aqui, já fora publicado em algum lugar. Ensaios sobre a belíssima fotografia, a atuação dos atores, a direção, a narrativa, a trama e tudo que já foi elogiado pelos grandes “entendedores” de cinema. Tanto que a cópia já foi premiada em Cannes, na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo , e ainda aguarda outras próximas. A questão é que, até agora senti falta de qualquer adjetivo que sobrepõe ao significado do filme. Antes e porém, de qualquer coisa, “Cinema , Aspirinas e Urubus” é um filme humano. Um filme de te arrepiar na poltrona, de te arrancar uma gargalhada alta, de te surpreender com uma lágrima guardada, de contorcer o que há de pulsante . Uma ficção , que por mera coincidência, te faz lembrar que suas semelhanças são reais.
Existem filmes que marcam nossas vidas por diferentes razões, e este, em especial, me marcou, porque antes de tudo, trouxe vida ao meu lado humano.
Há quem diga que cinema é a maior diversão.
Há quem diga que cinema é a maior inspiração.
Há quem diga que cinema é a melhor identificação.
Eu diria além de todas as hipóteses: “É um fim de todos os males” .



“Cinema, Aspirinas e Urubus” tem a direção de Marcelo Gomes e
estréia sexta-feira , 11 de novembro em todo o Brasil .